sábado, 24 de fevereiro de 2018

Confiança

Confiança é uma daquelas qualidade essenciais, necessárias e marcantes, que não podem ser valorizadas como exceções, e sim como algo comum, corrente, natural à corporação e aos seus profissionais, colaboradores, parceiros, terceiros e clientes, mas é também imprescindível a todo e qualquer convívio sadio, humano, social, político e profissional. Pode parecer uma simples e até mesmo aparente inconsequente qualidade, entretanto na prática é muito mais que isto, é essencial como estruturação natural de convívio, possibilita respeito e convivência cooperativa. A confiança, em um ambiente profissional, não é, e nem pode ser, analisada do ponto de vista de uma qualidade avulsa, independente, ela é marcadamente uma qualidade construída por todos, mas é alimentada, reforçada ou valorizada, principalmente pelo ambiente existente, sendo resultante também do próprio comportamento pré-existente, e decorre de uma construção diária daquele mesmo ambiente de trabalho, sendo ao mesmo tempo alicerce e cola para outras qualidades.

Em um extremo, que me assusta e incomoda, percebo pessoas, até mesmo familiares, que acreditam ser normal, natural e incrivelmente benéfico, não confiar em ninguém, em nenhuma instituição ou corporação. Doloroso demais imaginar um existir, um viver, uma realização pessoal, social ou profissional, onde estejamos sempre preocupados em não confiar em ninguém, ou em nada. Sinceramente não imagino como conseguir alguma paz de espírito, alguma tranquilidade psíquica de ser, algum relaxamento mental, quando simplesmente duvidamos de todos, filhos, companheira(o), pais, colegas, amigos, e por aí vai... Gasto tempo pensando no porquê desta total descrença, várias são as possíveis causas que me vêm à mente, entretanto não sendo especialista em mente e nem em comportamento, creio que seria irresponsabilidade de minha parte enumerá-las, mas algo, comum, pelo menos a maioria das possibilidades que populam minha mente, refletiria, de algum modo, uma dúvida consciente ou não, ou uma falta de confiança em si mesmo, e desta forma talvez estivéssemos simplesmente a fazer alguma transferência, vendo nos outros, e nas instituições e corporações (porque são movidas por pessoas), algum espelho de nós próprios (sinceramente, sempre acredito que olhamos os outros com as lentes, com filtros e com as distorções naturais do que somos, este não é em si o problema, isto é bastante natural, o problema seria nossa dilacerante dúvida sobre nós mesmos). Confiar não significa e nem deve significar esperar a perfeição em quem quer que seja, somos todos humanos e assim limitados, falíveis e mortais, é normal, assim, que estejamos preparados para algumas decepções, mas isto é bem diferente de bloquear a confiança nos outros.

Como conviver com companheiros, filhos, com parceiros sem confiar? Como aceitar amigos sem que neles confiemos? Como imaginar um ambiente sadio, positivo, criativo, produtivo, se não construirmos um escopo social e profissional minimamente confortável mentalmente, onde a confiança mútua e coletiva seja marca d’agua que perpassa a todos e a toda relação? Como respeitar, se motivar, caminhar junto ou ajudar, com líderes, gerentes e gestores, se não houver confiança mútua? Como imaginar Equipes de alto desempenho, sem confiança, parceria, respeito e compromisso?

Confiança é essencial. É claro que confiança não vem gratuitamente, não nasce pronta, requer convivência, requer conhecimento, requer experimentação, requer tempo, requer transpiração, requer entrelaçamento respeitoso, mas é ela essencial, não somente a, mas em especial para, líderes, gerentes, supervisores, gestores, corpo executivo, que consigam eles implementar um ambiente, iniciando por eles próprios como exemplo, com um estado de confiança coletiva, empresarial, e profissional, e que esta qualidade seja um dos marcos que reflitam a imagem interna e externa de sua operação, de sua corporação, juntamente com valores de compromisso, foco, retorno, respeito, criatividade, produtividade, crescimento, treinamento e esforço natural na transferência de valores que engrandeçam parceiros, contratantes, clientes e usuários, onde a associação de suas imagens com a imagem de nossa corporação possa ser mais que simbiótica, que possam as imagens, unidas refletirem a força de uma sinergia de valores, de qualidade, de criatividade e de respeito natural.

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