sábado, 31 de março de 2018

Exemplo e inspiração motivadora


"De minha parte, nunca hei de desistir. Repito: Nunca. " Eis palavras de um verdadeiro líder. Liderar é muitas coisas, mas com certeza é dar exemplo, é estar junto, é inspirar, é motivar. Aquelas palavras são do visionário e ousado empresário Elton Musk, da SpaceX, ditas em 2008, aos seus funcionários e parceiros, imediatamente após a terceira tentativa frustrada de lançamento de seu veículo espacial. Frase curta, mas de impacto fenomenal. Foram palavras que levaram força, inspiração, motivação, e coragem a todos, foi um exemplo, que sustentou a virada decisiva em sua empreitada. Hoje todos bem sabemos a força da SpaceX.
Que o sentido daquela frase possa ecoar não somente nos líderes de cada equipe profissional, mas que vá alem, que perpetue-se em cada membro de toda e qualquer equipe.

Conflito - Publicação inicial

Conflitos não podem necessariamente ser confundidos com algo negativo, ruim, prejudicial. Conflitos no campo das ideias, das estratégias, das propostas, quando bem gerenciados, ocorrendo entre profissionais de elevada competência técnica, e coletiva, entre pessoas de elevado comprometimento, motivação e estrutura psíquica, dentro do respeito humano e social, sem perder de vistas os prazos, os custos e o conceito de qualidade total e erro zero, na busca de soluções criativas, aderentes, que agreguem valores ao cliente e ao nosso contratante, sempre são e serão bem vindas. Equipe onde todos dizem "amem", onde ninguém quer se expor, onde todos se calam, onde ninguém tem ousadia e coragem de abordar por novos "olhos", por novos caminhos, por novas possibilidades, perde muitas oportunidades de no mínimo aprimorar cada solução, alem de deixar escapar ótimas oportunidades de perceber falhas, rachaduras, ou mesmo de somar para o cliente. Eu costumava repetir para minhas Equipes, é no atrito das ideias que florescem sempre e cada vez mais novas, melhores, e muitas vezes mais simples e criativas soluções. Gerenciar conflitos é necessário, e diferente de outros, até de mestres por onde tive o prazer de passar, não entendo ser o caminho do meio, o melhor, e sim o da franca argumentação...

Eu acrescentaria, trazendo uma visão um pouco biológica, que é na variedade genética, na multiplexidade de características e combinações genéticas que uma espécie melhor garante sua perenidade, sua adaptabilidade a novas situações, sua maleabilidade de sobrevivência as intempéries da existência, assim, no mundo profissional, é na multiplexidade de opiniões, na variedade de ideias, desde que sustentadas por criteriosa competência, experiência e profissionalismo, que damos flexibilidade aos grupos, damos força as equipes, damos resiliência ao time, damos sinergia ao conjunto...

Não importa somente o que você leu

Não importa somente o que você leu, e sim o quanto você livre, crítica e racionalmente refletiu sobre o que leu, o quão profundo você tentou desconstruir você com o que você leu, e em contrapartida, o quanto você tentou desconstruir o lido frente a realidade do possível. Não adianta o quanto você estudou, importa mais o que e o como você estudou, e quais eram as fontes. Importa saber, se o lido e o estudado tem fundo científico, fundo realmente natural, humano e social. De resto é mera instrução, útil muitas vezes... Diploma, títulos, ou biblioteca com muitos livros pouco ou nada em si significam, o que importa é o quanto isto pode te fazer mais humano, mais social, mais profissional, mais sensível, mais crítico, mais curioso, mais criterioso, mais inquieto, mais compromissado com o respeito, a verdade, a liberdade responsável e o amor racional.

Conflitos

Conflitos bons, conflitos maus... Mas espera aí, existem conflitos positivos, conflitos que agreguem valor, conflitos que levem a bons resultados? Claro que sim. Mesmo os mais céticos neste assunto, com apenas um pouco de esclarecimento e observação poderão perceber que sim. De início, nos cabe perceber que conflito não significa necessariamente beligerância, guerra, personificação do ódio ou rancor a alguém, a alguma causa ou mesmo a alguma equipe. Conflito não é essencialmente uma queda de braço, um cabo de guerra. Conflito não é necessariamente destrutivo, pelo contrário pode ser construtivo, pode servir de alicerce para o crescimento das ideias, pode servir de andaimes para construção de novas estratégias, pode servir de pedra angular para o florescimento criativo de valores e soluções, e assim pode ser uma espécie de viga, de estrutura positiva para o crescimento de todos os envolvidos. Sim, é necessário um gerenciamento correto, mas os próprios envolvidos, se maduros e preparados, podem exercer este gerenciamento, é necessário um respeito humano, social e profissional acima de qualquer conflito, é necessário um objetivo comum, um alvo, uma motivação comum. É necessário compromisso, envolvimento, respeito, engajamento e comportamento. O conflito nasce da divergência de ideias, de opiniões, de estratégias, horas ganha força pela diversidade de interesses (não somente de interesses mesquinhos, mas também de interesses altruístas, sociais e profissionais, do mais elevado valor), falando em valor, o conflito ganha existência pela própria diversidade de valores, e é exatamente nesta diversidade de ideias, opiniões, estratégias, interesses elevados e valores que o conflito pode agregar valor positivo, produtivo, criativo e de qualidade, pois que agrega diferentes pontos de vista, diferentes perspectivas, diferentes juízos, diferentes abordagens, diferentes conceitos, mas nunca sem perder de vista o foco no alcance, o custo geral, o esforço possível, o prazo disponível, as experiências, capacidades e alcances dos envolvidos, o limite de poder disponível, enfim, sem perder de vista o alcance dos objetivos traçados e necessários. Existem assim, conflitos positivos, aqueles conflitos que nos proporcionam chances ótimas de aprendermos em comum, oportunidades especiais, as vezes raras e únicas, de chegarmos a uma solução, a uma resposta, a um estado mais adequado do que chegaríamos sem o próprio conflito, com certeza agregando valores, qualidade, criatividade, completeza, favorecendo plenamente o crescimento emocional e profissional de todos na equipe, gerando integração, sinergia e poderes que somente equipes especiais são capazes de alcançar.

A negociação, neste caso, é apenas o processo interno, interpessoal, profissional, de alcançar os objetivos, com soluções, propostas, entregas e potenciais melhores que sem o conflito. Negociar conflito não pode ser meter o dedo no uso do poder formal, não pode ser meramente contemporizar, não pode ser buscar acordos onde se encontre soluções intermediarias, pessoalmente discordo daqueles que acham que o caminho do meio seja o melhor. Em uma equipe madura, consciente, profissional, a argumentação franca, a análise racional, emocional, e técnica, na busca de identificar semelhanças e divergências, na busca de mensurar indicadores para cada alternativa, na busca se possível de aplicar simulações, prototipações, e assim buscar convencimento técnico, tecnológico, profissional, dentro dos custos, esforços possíveis, e prazos estabelecidos, acaba sobressaindo como contingência natural deste tipo de abordagem de negociação.

O que lideres, gerentes, gestores e envolvidos não pode jamais deixar acontecer, é o da personificação das discordâncias, a discordância há de ser sempre impessoal, a compreensão é uma necessidade a toda equipe de elevado desempenho, o respeito e o compromisso são vigas de sustentação, o conhecimento e a experiência são os tijolos, e a vontade de alcançar os objetivos acaba sendo a argamassa final que agrega tudo e todos nesta equipe.

O ganha/perde, o perde/perde ou mesmo o ganha/ganha não fazem parte da solução, a gestão de conflito não é uma negociação comercial, é uma convenção humana, social e profissional, os objetivos, as missões devem ser abordadas técnica e profissionalmente por todos, e o amadurecimento individual e coletivo deve este sim ser trabalhado, valorizado, motivado e treinado...

Toda boa decisão interna é aquela que agrega valores a equipe por meio de valores a solução proposta ou em desenvolvimento, é aquela que satisfaz, pelo menos, minimamente os interesses da equipe, pois que agregam produção, qualidade, criatividade e aderência ao atendimento dos objetivos, uma equipe existe para ser solucionadora de problemas, ser desenvolvedora de algo, ser um meio poderoso para o alcance e entrega de produtos, ideias, soluções, sistemas, dando valor e diferencial as marcas dos nossos contratantes e dos clientes. A divergência é algo natural e esperado, mas a convergência é algo que há de ser produzido, conseguido e deve assim ser ponto de foco de todos. A divergência gratuita, ou o seu oposto a omissão, são prejudiciais a toda e qualquer equipe e devem ser fortemente desvalorizadas e resolvidas.

Quando o time ganha, todos ganham, ninguém perde, a equipe cresce, o cliente ganha valor, e nosso contratante se solidifica como referência de qualidade, criatividade, pontualidade, valor, e custo, e cada membro da equipe se inunda do próprio brilho da equipe...