quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Criar e criação


Criar requer liberdade? Sim. Requer algumas outras coisas. O ato de criação pode ser um evento pessoal, introspectivo, subjetivo, mas pode tambem ser um estado coletivo, onde a criação brota, matura, e pode alcançar o estado de proposta ou prototipagem. Em ambas as situações a liberdade é necessária, mas quando falamos de criação para um negócio, para um cliente, para uma necessidade comercial, inexiste a liberdade absoluta, mas mesmo assim a criatividade pode e deve fluir. Eu ousaria dizer que a liberdade há de ser de algum modo direcionada, não dirigida ou amarrada, não limitada, mas deve e necessita de alguma demarcação, principalmente porque a delimitação espaço temporal que uma Equipe dispõe para criar é em si própria um limitante. Talvez fosse ideal que assim o não fosse, mas a realidade do viver social ou negocial é premente, e vive do agora, e o mercado urge gritando por necessidades que tem de ser atendidas, não em tempo infinito, mas em futuro que ousa caminhar constantemente para o presente. Desta forma metodologias ajudam, e umas acabam sendo melhores que outras para certa liberdade de experimentação criativa. De volta a criação, ela precisa de um estado libertário, mas sem perder de vista o foco, necessita de divergencia convergente. 
Pessoalmente defendo e entendo que o ato de criar não é um ato no dominio pleno da consciência, entretanto, a criação em si, principalmente em Equipe, necessita e se aprofunda com um estado consciente de busca, questionamento, provocação, aprofundamento, mesmo que individualmente cada um a realize subjetivamente no ato de fluir sua criatividade. Apesar de forte processamento mental no campo do inconsciente individual, no campo do consciente é necessário foco, eu acrescentaria fortemente a necessidade de imersão no que se deseja como solução imaginativa e criativa, necessita tambem de conhecimentos, eu diria multidiciplinar, as vezes em areas nada afins. Uma metodologia criativa em si ajuda bastante, empatia com o público alvo, sem esquecer de uma Equipe multifuncional de elevado potencial são marcas que entendo necessárias. Uma solução criativa necessita de que se saiba, ou que se conheça, como pensam, sentem e reagem o público alvo, conhecendo o que se dispõe de tecnologia e de tempo e recursos para criação. Entendo ser importante que se deixem abertos vieses de verdadeira inovação, até mesmo disruptivas, pensando assim “fora da caixa”, pensando de forma ousada, de forma independente do atual estado de arte oferecido até pelos concorrentes mais poderosos, eles podem, e muitas vezes deixam de ver genialidades muitas vezes na soleira da porta do que se cria, olhando apenas para os cômodos e janelas, assim não se atendo somente ao que o mercado ou concorrentes já disponibilizam. A marca da inovação pode agregar mais valor do que a criação em si, e a marca de nosso cliente é algo pelo qual devemos impor o máximo de valor possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário